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terça-feira, 17 de abril de 2012

Militares, não. Bandidos!

A sucessão de golpes de Estado, insurreições, levantamentos ditos militares que têm devastado a Guiné ao longo da última década, não tem a ver com democracia, direitos humanos, liberdade nem com justiça. A cada passo que os homens bons, que as mulheres determinadas, deitam mãos á obra de construir um Estado constitucional, pacífico, apostado nas populações e no desenvolvimento do país, os putativos militares rebelam-se e a principal motivo não é assumir o poder sobre o Estado e sobre o País.O problema é outro e bem mais alarve: o tráfico de droga. Não são comandos de um exército organizado disposto a servir a sua Pátria. São bandos fardados, servos dos cartéis de droga sul-americanos, que ali operam exactamente durante o período em que começaram os golpes militares. A grande plataforma de distribuição para os países do Atlântico Norte e Mediterrâneo.
Não são meros problemas internos nem se resolvem com diplomacia de gabinete. É urgente que a comunidade internacional, que os países da UE, da CPLP assumam responsabilidades efectivas no controlo destes grupos criminosos. É a droga que comanda estas aventuras que destroem dolorosamente a Guiné, a terra quente dos odores doces. É urgente que regresse a paz. E não existem condições internas para que ela seja duradoura. Que não se fechem os olhos a este flagelo. Que não se olhem as fardas com o respeito que devem merecer. São bandidos e como tal devem ser tratados.

1 comentário:

  1. Agradeço a sua vinda ontem à escola da Covilhã, a sua palestra sobre livros foi sublime.
    Confesso que fiquei espantada ao ouvir as suas palavras...
    Foi magnífico e o único poema que escreveu estava excelente sem dúvida.
    Só me pergunto no meio de tantas actividades é político, comentador, ex- inspector da polícia como tem tempo para escrever?
    Eu também escrevo poesia e tenho 2 blogs que gostaria de aqui deixar:
    http://o-meu-ladooculto.blogspot.pt/
    http://poesia-de-uma-vida.blogspot.pt/
    cumprimentos
    Catarina

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