Faz hoje dois anos que ganhámos as eleições para a Câmara de Santarém. A maior vitória alguma vez conseguida por uma força política nesta capital. Quisémos celebrá-la abrindo um novo centro escolar. O Centro Escolar Salgueiro Maia. E iniciando as obras num outro centro escolar, no Sacapeito, que estará terminadas para finais de 2012. Já neste mandato tinhamos construído o Centro Escolar de Alcanede e em Janeiro virá o quarto - Santarém Norte. Ao todo são perto de 12 milhões de euros de investimento.
Nestes dias tenho procurado fazer o balanço destes anos.Desta viagem que iniciei com 52 anos.A minha filha tinha 7 anos, o meu neto mais velho tinha 3. Recordo-me do dia da posse do primeiro mandato. De ladear o Jardim da República para evitar os toxicodependentes e prostitutas que ali se acoitavam e sabia do trabalho, da imensidão de trabalho, que estava á nossa espera. Era tanto que os primeiros quatro anos passaram em vertigem. E agora, passaram dois e parece que foi ontem. Poderia olhar para trás e fazer a apologia do que fizémos e de como mudámos Santarém.Foi tanto o trabalho realizado, foi tanta a energia concentrada e reinventada para transformar e dar competitividade ao concelho que seriam páginas inteiras de exemplos, de obras, de entusiasmos, de alegrias e de tristezas.
Nestes dois anos, não tivémos só de enfrentar problemas previstos. Tivémos de enfrentar uma crise que, sendo previsível, as dimensões são devastadoras para o país. A amargura e a incerteza habita em milhões de homens com destino e futuro incerto. No nosso destino e no nosso futuro cheio de incertezas. Mas sendo essa a preocupação central que marca as nossas vidas, sendo uma batalha desproporcional entre quem resiste e o verdadeiro 'tsunami' financeiro e económico que abrasa a Europa e, em particular, Portugal, apenas da serenidade pode responder a estes momentos dificeis e deixar que nos revelemos. É nestes momento de maior dificuldade que os homens se revelam. Na sua grandeza ou na sua mediocridade. Emaranhados nas sua revoltas e insurreições interiores ou seguros, firmes, serenos, olhando a tempestade de frente. Aprendi isso na PJ. Quando a morte rondava, quando os limites eram testados, a resposta era sempre a mesma: desafiar o risco com a serenidade que a coragem nos dá. Controlando o medo, agindo sobre a Vida para que ela sirva, servindo o bem público. E sei, um saber do coração, que haveremos de vencer esta tempestade. Para que os nossos putos tenham direito á felicidade.Apesar de tudo, nesta hora de balanço, por Santarém, em nome do juramento que fizémos em bem servir, aí estamos entregando futuro a quem precisa de um país mais próspero e preparado.
Hoje a minha filha tem treze anos. Nela revejo a alegria de todos os miúdos a quem temos dado Santarém e, como repito todos os dias nas minhas preces, sei que os meus netos, os nossos netos terão orgulho na obra e no caminho que lhe deixámos para andar. Viva Santarém!